O que fazer quando não consigo mudar?

Por Glacy Calassa

As‌ ‌pessoas‌ ‌podem‌ ‌mudar? Para‌ ‌falar‌ ‌sobre‌ ‌esse‌ ‌importante‌ ‌assunto,‌ ‌vou‌ ‌iniciar‌ ‌com‌ ‌uma‌ ‌história,‌ ‌baseada‌ ‌em‌ ‌fatos.

As pessoas podem mudar? Você, tem a sensação de que pode mudar ou de que está preso em seus problemas?
Para falar sobre esse importante assunto, vou iniciar com uma história, baseada em fatos.

O momento era de uma reflexão em grupo. Falando sobre depressão e mudança, uma mulher afirma: 

“Posso mudar a qualquer momento, não sou uma árvore, posso sair do lugar onde estou e ir para outro ponto, se desejar”.

Um argumento bem convincente e lógico, contudo nem todo mundo vê assim! Algumas pessoas, que estão em profundo sofrimento, não conseguem agir dessa forma. Não que não queiram, mas simplesmente não conseguem.

Pois bem, no momento dessa fala outra pessoa pediu a palavra e afirmou que se sentia como “uma árvore presa e morta, totalmente sem vida. Não conseguia sair do lugar.”

Essa foi uma frase forte, que impactou todos. Após essa fala outras pessoas se manifestaram:

“Também me sinto assim, sem conseguir sair do lugar.
É triste quando alguém fala que temos que melhorar, como se quiséssemos estar nessa condição. Chega a ser cruel exigir isso de uma pessoa.
Vejo os jovens da minha idade, namorando, curtindo festa, estudando e penso que nunca serei assim.”

Essas são palavras e frases que ouço muito no consultório: vazio, sem vida, buraco que não consigo preencher, sinto que não tenho valor, nada faz sentido, cansei de viver.

As pessoas não pensam assim porque não querem mudar, ao contrário, geralmente desejam melhorar e a maioria está fazendo o seu melhor. O problema é que algumas não conseguem sair desse círculo vicioso.

 Geralmente, isso acontece devido a transtornos emocionais graves. 

Após esse início mais dramático, pensamos o que poderia ser feito para mudar essa situação. A mesma pessoa que levantou a questão, deu algumas dicas:

“Primeiro, precisamos nos aceitar, não pensar que somos “diferentões” ou     piores que as outras pessoas.
Segundo, buscar ajuda.
Terceiro, não desistir.”

Sim, isso é importantíssimo! Lembrei-me da terapia comportamental dialética – quando ela fala da aceitação e não julgamento. “Te aceito como você é, não te julgo. Sei que você está fazendo o seu melhor, mas vou ajudá-lo a desenvolver melhores ferramentas para ir um pouco além, se você assim desejar”.

Essas ferramentas passam por modificação do sistema de cresças e esquemas desadaptativos e por desenvolvimentos de habilidades sociais e de resolução de problemas.

Precisamos ter mais empatia com pessoas que não conseguem pensar e agir da forma como todos acham correto. Um conselho bem-intencionado pode não ser suficiente, será necessária intervenção especializada.

Deixe-me ajudar a alcançar seus objetivos da maneira correta, interaja comigo:

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