Em época de discussão sobre legalização da maconha, em que a ONU retira o produto da lista de drogas consideradas mais perigosas, vem uma pergunta que não quer calar: afinal, a maconha faz ou não faz mal aos os jovens?

A maconha tem efeitos adversos em alguns organismos. Além disso, não deve ser utilizada por menores, pois, os danos podem ser ainda maiores em um cérebro em formação.

O início precoce e uso frequente pode acarretar problemas com planejamento executivo, memória, capacidade de concentração, risco aumentado de surtos psicóticos, dentre outros.

Em relação ao tratamento, uma revisão recente da OMS encontrou evidências para apoiar o uso de várias abordagens para o tratamento da dependência de maconha, incluindo combinações de medidas para aumentar motivação, terapia cognitivo-comportamental e Manejo de Contingências, com intervenções de terapia familiar em adolescentes.

Mas afinal, condenar nossos adolescentes por ter curiosidade, necessidade de aceitação no grupo ou acabar experimentando vai ajudá-los? Claro que não!

Precisamos orientar de forma adequada, trabalhar de forma colaborativa no projeto de vida, no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. Insisto que a melhor forma de prevenir o uso abusivo de qualquer substância psicoativa é investir em habilidades de vida (autoconhecimento, relacionamento interpessoal, empatia, lidar com os sentimentos, lidar com o estresse, comunicação eficaz, pensamento crítico, pensamento criativo, tomada de decisão e resolução de problemas)!

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