Vamos ficar atentos aos adolescentes!

Por Glacy Calassa

Ouvi esses dias vários relatos de pessoas que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas que iniciaram na adolescência.

“Comecei a usar na escola”.

“Ainda muito jovem, já fazia uso abusivo”.

“Eram muitas festas, todas com bastante bebida. Quem não usava não fazia parte”.

“O uso do álcool/drogas me ajudava a ficar mais desinibido, ‘legal’, a chegar nas garotas”.

Sempre que ouço sucessivos relatos sobre o mesmo tema, me inquieto. Pois, significa que está sendo comum, natural e isso é muito ruim!

Na adolescência o indivíduo já conhece as regras, valores e sabe como agir em “seu mundo”. Nessa fase a importância do grupo se destaca e, em muitos momentos, passa a ter mais valor para ele que os adultos, que antes eram referência, como, pais e professores. 

Quando percebemos comportamentos inadequados e inserção em grupos que podem ser prejudiciais ao adolescente, podemos tomar algumas atitudes:

1. Aproximar-se, ouvir, conversar e questionar de forma socrática. Isto é, suscitar a reflexão por meio de perguntas como: o que você acha disso? Como se sentiu? Como a outra pessoa (pai, mãe, avós) sentiram-se? Se essa situação acontecesse novamente, o que vocês poderiam fazer de diferente? E assim, levar o adolescente a refletir inúmeras possibilidades e chegar às suas próprias conclusões.

2. Fortalecer as redes de proteção desses indivíduos: religiosidade, atividades de cultura e lazer, inserção em grupos nos quais o álcool e as drogas não são naturalizados, podem fazer toda diferença. 

3.  A família também não deve naturalizar festas de adolescentes nas quais existe álcool e drogas. Inclusive, o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe. Assim, não é legal, não é bom para o indivíduo em desenvolvimento e não deve acontecer. Pais não devem beber com os filhos menores, pelo simples fato de que menores não podem beber.

4. Por fim, se perceberem que a situação está ficando fora de controle, buscar ajuda especializada.

Glacy Calassa
CRP 01/16290

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *