Por Glacy Calassa
Costumo brincar que toda pergunta que me fizerem, a resposta de antemão será: DEPENDE, cada caso é um caso.
Pergunta que ouço direto: somente o tratamento psicológico é suficiente para tratar a dependência química?
Pessoal, não gosto de dar resposta do tipo “sim” ou “não”. Costumo brincar que toda pergunta que me fizerem, a resposta de antemão será: DEPENDE, cada caso é um caso. Isso mesmo, ninguém gosta dessa resposta, mas depende.
Inicialmente é necessário fazer uma avaliação completa desse sujeito, ver se tem comorbidades, problemas clínicos associados, qual a droga, intensidade, frequência e vias de administração, como está a rede de apoio social e baseado nas informações fazemos o que se chama de plano terapêutico singular.
Geralmente esse plano envolve mais de um profissional e mais de uma instituição. Pode ser que no plano chegue-se à conclusão de que basta o atendimento psicológico? Sim, pode ser. Não é comum, mas pode ocorrer. Geralmente precisamos de intervenções mais amplas.
Mesmo se for somente o psicólogo, ele vai fazer muito mais intervenções do que simplesmente o atendimento clássico. Geralmente, terá treinamento de habilidades sociais, intervenções familiares, alguma intervenção social, etc. enfim, não tem como responder essa pergunta de forma simplista, mas sendo a mais básica possível, a resposta é: depende da avaliação, é preciso avaliar o caso. Não existe receita de bolo!