Princípio 11 do Tratamento Eficaz na Área de Dependência Química

Por Glacy Calassa

O tema gera muitos debates, mas gostaria de dizer para vocês que muitas vezes um papel ativo da família, do trabalho ou da justiça pode ser importante.

Olá pessoal, estamos falando dos 13 princípios do tratamento eficaz que foram desenvolvidos pelo NIDA – National Institute on Drug Abuse, a partir de evidências científicas. Hoje vamos falar do décimo primeiro princípio, se você não viu os anteriores clique aqui.

O décimo primeiro princípio vai falar de um tema muito controverso, a involuntariedade no tratamento.

Sabe-se que a motivação e a voluntariedade facilitam muito o processo de tratamento, contudo há de se falar dos casos no quais essa motivação não está bem sedimentada. Para esses casos, pesquisas indicam que a pressão da família, da justiça ou mesmo a internação podem ser necessárias.

Quem me conhece sabe que sou absolutamente a favor do tratamento voluntário, mas na prática clínica, reconheço também a importância do tratamento para aqueles que foram de forma involuntária.

É importante ressaltar que aqui não estamos falando exclusivamente das internações. Por exemplo, recebemos muitos adolescentes encaminhados pela justiça e Conselho Tutelar que são “forçados” a fazer um tratamento. Assim como, indivíduos que a família obriga a frequentar o CAPS AD ou as consultas.

Tenho visto muitos adolescentes que, mesmo após terminar a medida judicial que obrigava a fazer o tratamento, continuaram no serviço, sob a alegação de que tiveram melhoras e desejam permanecer modificando seu comportamento. Ou mesmo adultos relatarem que iniciaram contra a vontade, mas que hoje, percebem a importância do tratamento em suas vidas.

O tema gera muitos debates, mas gostaria de dizer para vocês que muitas vezes um papel ativo da família, do trabalho ou da justiça pode ser importante.

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